Também conhecido com os nomes Microrasbora erythromicronCelestichthys erythromicron, este pequeno peixe, com cerca de 3.8 cm no máximo (normalmente cerca de 2 cm), é endémico do lago Inle, em Shan State, Myanmar. Deve o seu nome à sua coloração, uma cabeça cobreada, um corpo rosáceo com cerca de 15 listas esmeralda e um ponto preto envolto em cobre na base da barbatana caudal.

As barbatanas dos machos tem um tom laranja avermelhado, enquanto as das fêmeas são claras e menos coloridas. O corpo relativamente alto dá-lhe um aspecto robusto. O conjunto das barbatanas brilhantes e dos corpos verdes esmeraldas resulta muito bem a nível cromático no aquário. Os machos são muito mais coloridos e ligeiramente menores que as fêmeas.

Foto de um casal de Microrasbora erythromicron
Foto de um casal de Danio erythromicron

Embora estivesse listado no género Microrasbora, isso foi alterado pois descobriu-se que estava mais perto geneticamente dos danios do que dos rasboras.

É um peixe pacífico, tímido e muito activo que pode ser mantido com outros danios, rasboras, devarios mas as suas cores ficam mais vivas e eles ficam mesmo mais sociais em pequenos cardumes de 6 a 8 indivíduos da sua própria espécie. A proporção entre sexos deverá ser de um macho para três fêmeas. O ideal para eles é um aquário de cerca de 60 litros com um cardume de 15 a 20 indivíduos.

Gostam de temperaturas entre os 21 ºC e os 25 ºC, pH entre 7.2 e 7.4 e GH de 5 a 10 (150 ppm to 300 ppm de dureza total). Isto vai imitar quase na perfeição as condições do lago Inle de onde são endémicos, como já referimos. A acrescentar a estas condições só temos que referir o facto de que a água tem que estar sempre o mais limpa possível, e que as mudanças parciais têm mesmo que ser muito frequentes. Se estas condições não se verificarem todas, a esperança média de vida, que anda à volta dos quatro a cinco anos, decai grandemente.

Reprodução do Danio erythromicron

Se as condições forem mantidas vai-se reproduzir frequentemente no aquário, se for mantido sem mais espécies à mistura. As fêmeas vão estar durante alguns dias a depositar ovos nas plantas até que a desova esteja completa. Mas como parecem apreciar comer os ovos e os alevins é aconselhável deixar este processo acontecer num aquário de criação.

Para conseguir reproduzi-los com sucesso os machos e as fêmeas devem ser separados e condicionados com comida viva durante uma ou duas semanas (dáfnias, artémia ou larvas de mosquito vermelho). Ao fim deste tempo os peixes devem apresentar uma coloração intensa e as fêmeas devem estar cheias. Neste ponto devem adicionar-se as fêmeas ao aquário de reprodução durante a tarde. Este aquário deve ser simples tendo só alguns molhos de musgo de Java que vão servir para depositarem os ovos. Antes de desligar a luz deve adicionar os machos ao aquário. Normalmente a desova começa na manhã seguinte e prolonga-se por vários dias. Quando vir ovos já depositados nos molhos de musgo, troque por outros e meta-os num aquário de incubação. Ao fim de uma semana este processo já deve ter terminado e os progenitores podem ser devolvidos ao aquário original.

Nas primeiras duas semanas, o aquário de incubação só deve ter uma pedra difusora fina para movimentar a água. A uma temperatura de cerca de 22 ºC espera-se que os ovos comecem a eclodir em 72 duas. Enquanto tiverem saco e não nadarem sozinhos não se devem alimentar com nada, isto vai demorar cerca de uma a duas semanas.

Os molhos de musgo de Java podem ser deixados no aquário de incubação, pois ajudam a purificar a água e fornecem esconderijos e micro-fauna para os alevins. Quando começam a nadar podem ser alimentados com infusórios, paramécias, cyclops, ou comida comercial em liquido ou em pó para alevins de ovíparos, até que comecem a crescer. Remover a comida a mais e pequenas mudanças parciais da agua deste aquário são tarefas que devem ser executadas todos os dias para manter uma boa qualidade da água. Cerca de uma semana depois pode começar adicionar-se a esta dieta artémia recém-eclodida, e continuar até que todos os alevins a consigam comer, isto pode demorar cerca de uma semana, tendo em conta que os ovos também são postos num intervalo de cerca de uma semana.

A partir desta altura pode-se parar com os infusórios e começar uma dieta de micro-vermes e artémia até que cheguem a cerca de 1 cm de comprimento (cerca de três semanas depois da eclosão). Nesta altura pode também adicionar-se um filtro de esponja ao aquário.  Ao fim de seis a oito semanas depois da eclosão, podem-se começar a ser lentamente adicionados ao aquário principal onde nesta altura já estão os pais. Estes não lhe vão ligar e já não os vão tentar comer pois já não lhes cabem na boca.

Danio erythromicron
Danio erythromicron adulto.

Em adultos aceitam comida viva, congelada e seca, larvas de mosquito, micro-vermes, daphnias, vermes de sangue e micro granulados. Uma vez que raramente vêm à superfície da água não devem ser alimentados exclusivamente com flocos.

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