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Caranguejo arco-irís – Cardisoma armatum

Os caranguejos arco-íris (Cardisoma armatum) são originários das zonas costeiras da África Ocidental, principalmente do sistema fluvial do rio Volta inferior. A sua distribuição vai das ilhas de Cabo Verde ate Angola.

Têm uma carapaça azul, vermelho-alaranjado patas e pinças, as garras têm pontas brancas e também algumas partes em azul. O abdomem é de cor clara. Há também uma variedade totalmente azul e branco. Vivem em média 12 anos.

Habituados a temperaturas tropicais entre os 20ºC e os 28ºC, têm um comportamento mais activo a partir dos 24ºC.

Em adultos podem atingir até cerca de 15-20 cm em toda a carapaça e com os devidos cuidados, estes tamanhos são facilmente atingidos em aquário.

Na maior parte das vezes estes caranguejos são considerados como uma espécie agressiva, mas isto normalmente deve-se ao facto de serem mantidos em más condições ou devido a problemas territoriais quando se têm muitos machos em pouco espaço. Normalmente também ficam menos sociais com o avançar da idade. Podem ser manipulados e até habituados a virem comer á mão ou com uma pinça.

De vês enquanto é conveniente limpar a carapaça, e as pinças se eles deixarem com uma escova de dentes.

Raramente atacam as plantas do aquaterrário, mas podem arrancá-las se começarem a fazer tocas por baixo delas. Podem ser mantidos com camarões, caracóis, guppies, neons. Não é de todo conveniente juntá-los com outros caranguejos ou lagostins.

Esta espécie é um caranguejo, assim que o tanque deve reflectir isso. Na natureza, esta espécie habita tocas em lama e areia, assim que deve ser dada a abundância de esconderijos para simular uma toca. Esta espécie necessita acesso à água e responde bem à água salobra e à água doce. Não tolerará um tanque normal e vai tentar escapar dele em busca de terra. Quando mantido num aquaterrário ele irá perecer.

Para um único caranguejo, macho, será necessário um aquaterrário de 1 metro. Para mais que um macho terão que ser considerados tamanhos bem maiores para evitar brigas territoriais que frequentemente resultam em mortes.

O aquaterrário deve ser decorado com madeiras, pedras e plantas de folha dura, de modo a criar alguns refúgios. O substrato deve ser uma mistura de terra e areia, ou então substrato para terrário. É importante manter este substrato húmido especialmente durante a eclise (mudança de carapaça). A agua utilizada poderá ser água salobra.

O dimorfismo sexual é o típico dos caranguejos. Os machos possuem um abdómen estreito e suas garras são de tamanhos diferentes; as fêmeas têm um abdómen mais amplo (embora não tanto como em outras espécies do caranguejo) e pequenas garras, ambos do mesmo tamanho. Os machos são ainda mais coloridos do que as fêmeas, razão esta pela qual raramente são importadas fêmeas desta espécie. Há ainda outra razão, alegadamente os pescadores africanos que capturam estes caranguejos acreditam que dá azar apanhar as fêmeas, como são as mães dos jovens caranguejos e captura-los poderia pôr em perigo a população.

Prontamente aceita alimentos preparados e  vivos. Pastilhas, frutas, legumes, carnes, minhocas, peixes e assim por diante são facilmente aceites por este caranguejo. Ao misturar com mais alguma espécie temos que nos certificar que a comida chega a todos.

Uma vez que são omnívoros deve ser fornecida uma alimentação variada para garantir que têm todos os nutrientes que necessitam.

Sendo geralmente capturados selvagens para serem vendidos nas lojas não estarão sempre disponiveis embora já começe a haver reprodução em cativeiro. Dificilmente sao reproduzidos em casa pela dificuldade que existe em crescer as larvas. Na altura da reprodução os caranguejos regressam á praia e as fêmeas libertam as larvas no mar depois de cerca de duas semanas. Estas larvas passam por diversas fases de crescimento no mar até que deixam o mar como pequenos caranguejos que vão viver em terra.

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